Terça-feira, 09.12.08

Computação nas nuvens.
Tenho que admitir que embora já conhecesse a teoria por detrás do cloud computing, nunca tinha de facto experimentado nenhuma das plataformas, como por exemplo o Google, a Amazon.com, a Zoho, a Salesforce.com e a Microsoft, entre muitas outras, que já estão no mercado e a lutar por uma fatia daquilo que é o futuro em termos de computação, quer doméstica quer empresarial o Software as Service.
 
Decidi utilizar o Google doc's, por dois motivos, um preguiça, já tenho conta de gmail e isso é suficiente para aceder à panóplia de aplicações on-line que o Google oferece; segundo é de borla, embora exista uma versão paga, que suporta entre outras coisas SSL (na versão gratuita o texto voa pela rede claro como água, por isso é mau estar a escrever aquele relatório ultra ultra secreto on-line através de uma ligação sem SSL)
 
A capacidade de ter acesso a um documento em qualquer lado a partir de quase todas as plataformas de computação conhecidas pelo homem, desde que tenham acesso à Internet via web browser, é um espectáculo.
Mas é um espectáculo por muitos mais motivos. Para começar, para textos simples, o Google Docs consegue substituir muito bem o processador de texto habitual, arrastar e largar e a correcção gramatical funcionam, ao ponto de se esquecer que se está a trabalhar dentro de um browser, no meu caso no IE 6 (sem comentários por favor).
Depois vem a questão da colaboração, é simples, eficaz e funciona que nos leva ao grande argumento do SaS, que embora possa não pesar muito para o utilizador particular, já faz uma grande diferença para as empresas. Os custos.
 
Os benditos custos associados à troca de documentos entre membros de equipa, licenciamentos, equipamentos, manutenção e suporte tecnico destes. É aqui que a computação nas nuvens e o "software as service" ganha a vantagem. Por exemplo, comecei a escrever este artigo num PC com o Windows XP e como browser o IE 6, neste momento estou num PC a correr o Fedora Core 9 (Linux) e como browser o Opera. A funcionalidade é exactamente a mesma. A única coisa que tive que fazer foi fazer login na minha conta e abrir o documento.
 
 
Num ambiente tradicional, teria que pelo menos ter a preocupação com a formatação quando abrisse o documento num editor de texto diferente, por exemplo do WinWord para o Openoffice Writer. 
 
A rapidez e a simplicidade ganham, proporcionando maior produtividade e muitas menos dores de cabeça, como por exemplo a preocupação com os backups (o documento está guardado nos servidores do Google, no meu caso) e a compatibilidade entre plataformas, desde que siga os standarts definidos da web, está a andar.
Claro que não há bela sem senão. Um dos grandes contras na minha opinião, é a perca de privacidade, que no mundo on-line começa já a ser pouca ou nenhuma. Os nossos documentos estão no lado de lá, sujeitos à boa fé e à competência de quem fornece o serviço. Segundo, falhas de serviço. Mesmo os grandes falham e quando falham é luzes apagadas para todos. As falhas mais conhecidas foram, justamente a dos servidores do Google, que ficaram umas horas acrescentadas off-line, ou seja os documentos lá guardados ficaram indisponíveis até a falha ter ficado resolvida.
 
Quem quiser mais info pode ir aqui (em inglês) http://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_computing 



publicado por Miguel às 19:31 | link do post | comentar

Quarta-feira, 15.10.08

São três da tarde, está sentado como eu à frente da secretária. Está a alternar entre um programa do Office, o telefone ou PIOR o solitaire! De repente, lembra-se daquele filme de acção que viu ontem, em aparecia o protagonista a mexer num “complexo” sistema informático com gráficos da guerra das estrelas.

OK, 60 segundos depois acorda e vê o seu PC com seis meses de idade, só com o cliente de mail, browser, Word e solitaire aberto… A cabeça vai de encontro ao teclado (esta dói…), gastou uma pipa de massa numa máquina, para acabar por não tirar total proveito dela (esta doi ainda mais)

 
Para felicidade sua existe uma solução para o seu problema e o de muita gente e chama-se computação distribuída.
 
Basicamente, um projecto que envolva computação distribuída, necessita que descarregue um programa (o cliente) que se irá ligar aos servidores de quem gere e corre o projecto para obter informações do trabalho a realizar.
Estes programas, tiram partindo do tempo que o seu processador passa ocioso e desocupado, utilizando o processador para “moer” simulações matemáticas e enviar o resultado para os servidores do projecto.
 
Estes projectos, podem ir desde encontrar novos medicamentos para o cancro e para a doença de Alzheimer como para tentar encontrar vida extra terrestre.
 
Assim além de dar uso ao processador que lhe custou uns quantos euros, evita que este avarie com ferrugem e ajuda também a ciência a encontrar respostas para problemas que afligem a humanidade.
 
Até agora participo apenas num projecto de computação distribuída o Folding@home - http://folding.stanford.edu/Portuguese/Main. O programa cliente é simples e leve, alterna bem entre o uso do processador para simulação e o uso do processador para o utilizador, mesmo quando executo, por exemplo um jogo, o uso do processador é me imediatamente devolvido.
Além disso tem como bónus um screen saver todo “científico”, que mostra qual é a proteína que esta a ser simulada no momento – lembra-se do filme de ontem? Além disso ter uma imagem dessas no PC causa sempre boa impressão.
 
Infelizmente, o programa em si precisa de uma máquina, que tenha menos do que uns 4 anos para produzir resultados e claro, para obter os melhores resultados possíveis o PC deverá ficar sempre ligado.
 
Abaixo fica uma lista de link’s em Português donde poderá obter mais informações.
 
Informação sobre computação distribuída (PT): http://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_distribu%C3%ADda#Refer.C3.AAncias
 Colecção de projectos activos (em inglês): http://distributedcomputing.info/projects.html
 Referências PT para o projecto Folding @ Home:
http://portugalfolding.org/page.php?4
 Página do projecto Folding @ Home em PT:
http://folding.stanford.edu/Portuguese/Main
 E para aqueles que gostam de puxar pelo processador:
http://folding.extremeoverclocking.com/


publicado por Miguel às 17:33 | link do post | comentar

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