Computação nas nuvens.
Tenho que admitir que embora já conhecesse a teoria por detrás do cloud computing, nunca tinha de facto experimentado nenhuma das plataformas, como por exemplo o Google, a Amazon.com, a Zoho, a Salesforce.com e a Microsoft, entre muitas outras, que já estão no mercado e a lutar por uma fatia daquilo que é o futuro em termos de computação, quer doméstica quer empresarial o Software as Service.
Decidi utilizar o Google doc's, por dois motivos, um preguiça, já tenho conta de gmail e isso é suficiente para aceder à panóplia de aplicações on-line que o Google oferece; segundo é de borla, embora exista uma versão paga, que suporta entre outras coisas SSL (na versão gratuita o texto voa pela rede claro como água, por isso é mau estar a escrever aquele relatório ultra ultra secreto on-line através de uma ligação sem SSL)
A capacidade de ter acesso a um documento em qualquer lado a partir de quase todas as plataformas de computação conhecidas pelo homem, desde que tenham acesso à Internet via web browser, é um espectáculo.
Mas é um espectáculo por muitos mais motivos. Para começar, para textos simples, o Google Docs consegue substituir muito bem o processador de texto habitual, arrastar e largar e a correcção gramatical funcionam, ao ponto de se esquecer que se está a trabalhar dentro de um browser, no meu caso no IE 6 (sem comentários por favor).
Depois vem a questão da colaboração, é simples, eficaz e funciona que nos leva ao grande argumento do SaS, que embora possa não pesar muito para o utilizador particular, já faz uma grande diferença para as empresas. Os custos.
Os benditos custos associados à troca de documentos entre membros de equipa, licenciamentos, equipamentos, manutenção e suporte tecnico destes. É aqui que a computação nas nuvens e o "software as service" ganha a vantagem. Por exemplo, comecei a escrever este artigo num PC com o Windows XP e como browser o IE 6, neste momento estou num PC a correr o Fedora Core 9 (Linux) e como browser o Opera. A funcionalidade é exactamente a mesma. A única coisa que tive que fazer foi fazer login na minha conta e abrir o documento.
Num ambiente tradicional, teria que pelo menos ter a preocupação com a formatação quando abrisse o documento num editor de texto diferente, por exemplo do WinWord para o Openoffice Writer.
A rapidez e a simplicidade ganham, proporcionando maior produtividade e muitas menos dores de cabeça, como por exemplo a preocupação com os backups (o documento está guardado nos servidores do Google, no meu caso) e a compatibilidade entre plataformas, desde que siga os standarts definidos da web, está a andar.
Claro que não há bela sem senão. Um dos grandes contras na minha opinião, é a perca de privacidade, que no mundo on-line começa já a ser pouca ou nenhuma. Os nossos documentos estão no lado de lá, sujeitos à boa fé e à competência de quem fornece o serviço. Segundo, falhas de serviço. Mesmo os grandes falham e quando falham é luzes apagadas para todos. As falhas mais conhecidas foram, justamente a dos servidores do Google, que ficaram umas horas acrescentadas off-line, ou seja os documentos lá guardados ficaram indisponíveis até a falha ter ficado resolvida.
Quem quiser mais info pode ir aqui (em inglês) http://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_computing